Não há nada mais cómico do que a vida, encarada do ponto de vista das motivações económicas. As pessoas lutam, no decurso dos seus melhores anos, para serem ricas - ou pelo menos para terem um estatuto de desafogo. Quando lá chegam, têm artroses, palpitações cardíacas, bicos de papagaio, ausência de controlo dos esfíncteres, insónias, doenças de Parkinson e outras "delícias".
Depois morrem. Nessa altura toda a gente lhes rende a homenagem da simpatia, a qual lhe foi negada durante o período áureo da "luta pela vida" , quando muitos lhes chamaram "sacanas", javardos e pulhas. Mas aí já eles não gozam nada. Aliás, há quem sustente que essas amabilidades só são ditas porque quem elogia sabe que o destinatário está morto.
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